Mesmo caracterizado como um crime – pena de reclusão de 2 a 6 anos, e multa – e conhecido por grande parte da população, a falsificação de documentos de identidade é muito frequente. Geralmente é utilizada para menores de 18 anos de idade frequentarem locais proibidos, para criminosos abrirem contas bancárias ou ainda troca de identidade (como o caso de Henrique Pizzolato, que utilizou dados de um irmão falecido para fugir do Brasil).
Veja alguns critérios utilizados para identificar falsificações:
- Conhecer o processo de fabricação de uma identidade é o primeiro passo para um perito identificar todas as camadas e pormenores de uma cédula. As falsificações mais grosseiras não se preocupam com os detalhes e por isso são mais facilmente detectáveis;
- Há casos de documentos que foram descobertos pela data de expedição em um feriado, por especificações técnicas modificadas a partir de certa data ou ainda assinatura de delegados que ainda não operavam na data de expedição;
- Dados de produção e de local de emissão também são conhecidos por peritos e são mais uma forma de checar a veracidade do documento;
- A fotografia do indivíduo não está de acordo com a data de expedição. Por exemplo, um rapaz aparenta ser muito mais velho ou mais novo do que sua idade na data de emissão;
- Desgaste do documento: uma cédula com 15 anos de uso sem nenhuma indicação de envelhecimento é um fato possível, mas improvável;
- Letras e números: algumas identidades falsas são produzidas pela edição caseira baseada em um documento já existente. O processo é feito pela substituição de números ou letras dessa forma, caracteres tortos ou com o fundo que não condiz com o padrão, são indícios de uma falsificação;
- Selos e hologramas: no caso de trabalhos mais rebuscados, é necessário também o auxílio de luzes que reconhecem símbolos invisíveis a olho nu;
- Há a possibilidade de fazer consultas aos órgãos especializados para testar a veracidade do documento. Mas nesses casos, dados de documentos roubados podem não ser detectados.